sábado, 11 de julho de 2009

Em dias como esse

Frio, chuva, sábado, vontade de ficar debaixo do edredon de conchinha a tarde inteira. E por quê não? Foi exatamente o que Ricardo e Heloísa fizeram, além de outras cositas mais, até ela se estressar, levantar da cama, pegar o telefone e começar uma maratona de ligações convidando os amigos do casal para uma noite de risadas no apartamento deles.

À noite, Heloísa, como boa anfitriã prepara petiscos para receber os amigos de Ricardo e as amigas dela, com esperança de formar alguns casaizinhos.

Heloísa – Ricaaaaaaaaaaardo, onde estão as coisinhas que pedi pra você comprar para servirmos?
Ricardo – Em cima da mesa, amor!
Heloísa abre uma sacola de supermercado que contém um pacote de amendoim japonês e três pacotes de suco em pó.

Heloísa – Riii, onde está o resto?
Ricardo – Na geladeira.
Heloísa segue então até a geladeira, e quando abre se depara com cervejas, cervejas, cervejas e mais cervejas. Para sua surpresa, no freezer também há uma Vodca.
Ela segue até o banheiro, onde seu marido está fazendo a barba de cueca boxer preta, por sinal, presente dela, o que não a faz ficar menos irritada.

Heloísa – Ricardo, por favor, não me diga que você só comprou um pacote de amendoim, suco em pó, cerveja e vodca.
Ricardo – Querida, é tudo que precisamos.
Ele percebe o olhar de fúria de sua esposa perfeccionista e complementa:

Ricardo – Quer dizer, eu to precisando de algo a mais no momento.
Ele a puxa pela cintura e a encosta na pia, apesar dos empurrões e tapas.

Ricardo – Querida, eles são nossos amigos, vieram para nos ver, não para comer. Por sinal, quando te virem linda desse jeito, não lembrarão mais de nada.
Ele a beija, ela reluta um pouco, afinal, toda mulher precisa fazer um charminho de vez em quando, mas acaba o beijando e...

A campainha toca.

Quando todos chegam, a dúvida: vodca, cerveja, baralho, dominó ou a brincadeira do médico? Ok, a última opção é piada. Ou não.
Como sempre, a escolha é pelo velho e bom truco. A noite continua regada por muita animação e, para alegria de Heloísa, a formação de dois casais que, de acordo com ela, “são muito fofos”. Muitas saideiras depois, todos vão embora, com a promessa de um repeteco qualquer dia desses.

domingo, 5 de julho de 2009

No aniversário

Heloísa Marcela chega em casa e encontra Ricardo Henrique debaixo do chuveiro, muito animado, cantando alguma música “dessas que ele gosta”, como ela sempre diz, e que claro, não conseguiu identificar pois ela não tem o “ouvido apurado”, nas palavras dele.
Ela entra no banheiro, avisa o maridão que já chegou e ele já desanda a falar para que ela escolha uma roupa bem bacana pois eles iriam sair.

Heloisa – Pra onde vamos?
Ricardo – Ah, é aniversário do Marcos, que trabalhava comigo, lembra dele? Fomos no casamento dele com a Camila logo que começamos a namorar.
Heloísa – Nossa! O Marcos! Quanto tempo...como você ficou sabendo do aniversário dele?
Ricardo – Ele ligou, acredita? Parece que alguém passou nosso telefone pra ele, já que meu celular não dá mais sinal de vida!
Heloisa – Alguém? Hum, que estranho, mas que bom que ele te ligou. Vamos lá então, vou escolhendo uma roupa enquanto você toma banho.

Depois de prontos, o casal segue em direção à um bar no bairro de Moema. Ao som de um bom jazz, reencontram o velho amigo aniversariante. Conversa vai e conversa vem, uma pessoa chega para falar com Ricardo, sob os olhares curiosos de Heloísa. Era Noely, colega de trabalho do rapaz, com a qual conversou no MSN dias atrás. Ele fica muito surpreso, mas cumprimenta e apresenta a ex-colega para a esposa.
Ricardo – Isa, essa é a Noely, trabalhou comigo e com o Marcos.
Noely – Oi, tudo bom? Muito prazer. O Ricardo fala muito de você.
Heloísa – Ah, ele fala? Não sabia que ele ainda tinha contato com vocês da antiga empresa. Mas...que bom, que bom! O prazer é todo meu.
Noely cochicha no ouvido de Ricardo, despertando a desconfiança de Heloísa que, após a retirada da moça, olha insistentemente para Ricardo, como que pedindo uma explicação para o ocorrido.
Ricardo – Que foi?
Heloisa – Eu é que pergunto. Amiga de trabalho que nunca nem ouvi falar, pelo jeito vocês costumam se falar sempre, cochico no ouvido. Que é isso? Você ta pensando que eu sou boba, Ricardo Henrique?
Ricardo – Isa, não começa. Nunca mencionei dela porque nunca nos falamos, a não ser há alguns dias quando ela surgiu no meu MSN, quando comentei de você, que estávamos casados e felizes.
Heloísa – Sei sei, to de olho em você, viu? Não pense que vai me fazer de boba!
Ricardo – Moranguinho, que linda, adoro quando você fica ciumentinha assim, e ainda sem motivo nenhum.
Heloísa – Nunca é sem motivo nenhum.
Ricardo – Dessa vez é.
Ricardo beija Heloísa, seguido de um abraço apertado e carinhoso, momento em que abre os olhos, fechados naqueles momentos de amor com a esposa, e vê Noely, que pisca para ele.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Aquele dia...

Sábado à noite. Após um longo dia, Heloísa e Ricardo relaxam no sofá da sala, assistindo televisão. Ela, deitada no colo dele, recebe um cafuné cheio de carinho.
Heloísa – A comida estava gostosa na casa da minha mãe hoje, né? Nossa, comi demais.
Ricardo – A comida estava gostosa? Você é que tava muito gostosa, como sempre.
Heloísa olha pra ele, já vermelha de vergonha pois não gosta quando ele começa com esse papo. Ele a beija e cochicha no ouvido dela que ela é linda demais, e que foram as primeiras duas palavras que ele pronunciou quando eles se conheceram.
Ricardo – Nunca vou esquecer do dia em que te vi pela primeira vez. A faculdade nunca mais foi a mesma depois que te descobri nela. Estava solteiro há um ano, depois de longos 6 anos de namoro e noivado, então curtia a vida alucinadamente, pegando a mulherada sem parar, nunca indo pra aula de sexta-feira, e muitos outros dias também, e quando ia, estava sempre atrasado. Certo dia, chego correndo pra aula e esbarro numa certa garota, derrubo o fichário dela, desastrado do jeito que sempre fui, peço desculpas e ela olha pra mim e agradece, dando o sorriso mais lindo que eu já havia visto na vida. Naquele momento eu pensei que gostaria de dormir e acordar com aquele sorriso para o resto da minha vida. Ela sai andando na direção oposta da minha, mas na verdade nem sabia mais para qual lado eu estava indo, aqueles olhos brilhantes me ofuscaram e aquele sorriso ficou gravado na minha retina, perdi o rumo, perdi meu coração. Depois que ela foi me lembrei que não perguntei nem o nome, nem a sala, nem nada sobre ela. Como eu haveria de achá-la no meio daquele monte de universitários? Tinha que pensar numa solução. No dia seguinte, cheguei cedo pela primeira vez na vida, fiquei ao lado do porteiro só observando a galera entrando e torcendo para vê-la de novo, com aquele perfume que eu não conseguia esquecer. De repente, vejo a mulher da minha vida, sim, já sabia que era ela, aquela com quem eu gostaria de compartilhar todos os momentos, aquela com a qual eu gostaria de brigar só para depois nos reconciliarmos apaixonadamente. A segui para ver em qual sala ela estudava, fiquei olhando para ver se conhecia alguém que pudesse ser usado como balcão de informações, mas não conhecia. Resolvi não me apressar, esperei o dia seguinte, quando cheguei cedo novamente (milagres acontecem), aproveitando que ela ainda não tinha chegado e perguntei informações para uma menina que estava parada na porta. “Ah, a menina que senta ali na frente? Ela se chama Heloisa!”. Com a minha leve cara-de-pau, fui pescando mais informações e acabei descobrindo que ela não era casada e nem namorava. Meu coração quase pulou para fora da boca e eu não conseguia mais tirar o sorriso do rosto. Subi para minha sala parecendo um bobo e fiquei voando até o final da aula, estava em outro planeta, num planeta onde a única coisa que eu via eram aqueles lábios macios sorrindo pra mim. Só faltava uma coisa: fazê-la me notar. Nunca fui de meias palavras e muito menos discreto. No dia seguinte, cheguei com uma faixa debaixo no braço e, com a ajuda da Ariane, a menina que me passou as informações sobre o amor da minha vida, a coloquei em cima da lousa. Também deixei um bilhete para que ela entregasse para aquela que eu sabia que iria mudar a minha forma de enxergar a vida. Na faixa estava escrito: o brilho do seu sorriso não sai da minha mente, desde o que tinha em que esbarrei em você. Deixa eu te conhecer? No bilhete estava escrito: estou na calçada da faculdade, em frente à entrada principal. Estou te esperando. Aceita jantar comigo esta noite? Saí da sala com o coração batendo forte e muito tenso, esperando que a resposta fosse positiva. Nunca havia sentido algo tão forte na minha vida, era uma mistura de vários sentimentos, que resultavam em um, lindo e grande, chamado amor. Fiquei encostado no capô do carro, me balançando inteiro, olhando para a porta de entrada. De repente, vejo, TE vejo, caminhando em minha direção, com esse mesmo sorriso lindo de agora e esses olhos brilhantes que me diziam “Não acredito que você fez isso” de um jeito meigo que só você sabe falar. Você chegou perto meio que sem saber o que dizer, mas acabou me perguntando se eu era louco. Respondi da forma mais óbvia e verdadeira possível “Eu fiquei, você me deixou assim, desde o dia em que esbarrei contigo. Vamos jantar e conversar?”. Você me olhava de um jeito que me quebrava inteiro, disse que não costumava sair com quem não conhecia, mas como adorou a forma como convidei, iria aceitar, mas que as suas amigas estavam sabendo. Se você não voltasse sã e salva, elas ligariam para a polícia. Rimos um pouco e fomos jantar. Conversamos por horas, um papo gostoso, nem senti o tempo passar, até que trocamos alguns beijos. Estes que meus lábios até hoje não se deixam esquecer, estes pelos quais eu estou viciado, a pele mais gostosa de se tocar, o perfume mais delicado para se sentir. Foi uma das noites mais felizes da minha vida. Os dias iam se passando, ficando com você, nem lembrava mais de estudar, mas você me dava força, acreditava em mim e me fazia querer continuar e ser sempre melhor, melhor pra você, que já era perfeita. Em pouco tempo já planejávamos nosso futuro, celebrado hoje pela frase “até que a morte nos separe”. Hoje eu sei que, quando morrer, a única coisa que vou querer fazer antes é dizer que eu te amo, nessa e em todas as outras vidas.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Sarah Cláudia

Afinal quem é Sarah Cláudia ?

Sarah Cláudia ( Vizinha) é uma mulher sozinha, solteirona de 40 anos, jura nunca ter sido tocada por um homem. Frequenta a igreja aos domingos, carrega na bolsa santinhos de todos os santos.
Se veste muito mal, nunca passa maquiagem, tão pouco perfume. É loira de cabelos compridos , sempre presos por um rabo de cavalo feito com tiras da meia calça.
Tem um olho azul arregalado, capaz de congelar qualquer coisa viva. Muito fofoqueira adora cuidar da vida dos vizinhos, principalmente do casal Ricardo e Heloísa.
Ela mora no prédio em frente ao do casal , um andar acima ao deles. Tendo uma visão privilegiada da rotina do casal.
Nutre uma paixão secreta por Ricardo, mas tenta disfarçá-la.
Ele como rapaz gentil sempre ajuda Sarah, pois ela é vista pela vizinhança como uma 'bruxa', má e fofoqueira.


Heloísa Marcela

Afinal quem é Heloísa Marcela ?

Racional, séria, ciumenta, adora discutir sobre todos os assuntos, dando ênfase para a discussão de relacionamento. Tem muitos sonhos e quer tudo ao mesmo tempo, mas acaba atropelando suas vontades para fazer o que precisa fazer. Como gerente do departamento de Recursos Humanos de uma multinacional, planeja cuidadosamente cada passo da sua vida, se esforçando ao máximo para que tudo saia perfeitamente. Adora se arrumar, sair para jantar e curtir cada momento do lado das pessoas das quais gosta. Sua família é muito unida, compartilhando todos os momentos, às vezes compartilhando até demais. É filha única de Sandra e Pedro, já falecido, o que fez com que sua mãe passasse por grandes dificuldades para criá-la. Desde então, sempre foi parceira e confidente de Sandra, passando muitas horas abraçada com ela no sofá, fazendo nada, simplesmente juntas, compartilhando o silêncio. Sua personalidade é enfatizada pelo seu porte baixo, cabelos curtos castanho-claro cacheados, ao estilo personagem de comédia romântica. Com 25 anos, é formada em Psicologia, uma de suas grandes paixões.
Entre em contato com ela: heloisaa.marcela@gmail.com


Ricardo Henrique

Afinal quem é Ricardo Henrique ?

Apaixonado por música, carros, esportes, cultura e pela vida, encontra nos livros um refúgio para o dia-a-dia corrido. Não possui um emprego fixo, mas tem habilidades para músico, informática e tecnologia, garçom, mecânico, entre outros, que só podem ser comentados entre quatro paredes. Tem como hobbie ensaiar com sua banda, apesar de considerar muito mais do isso, pois sonha em um dia ser descoberto, ganhando fama e dinheiro simplesmente fazendo o que gosta. Vêm de uma família de classe média e é o filho do meio de Carlos e Fátima, único homem entre suas irmãs e melhores amigas Melissa Carla, a mais velha e Giovanna Sheila, a caçula. Quando pequeno sempre foi espoleta, fazendo com que seus pais perdessem a conta de quantas vezes foram chamados pela diretora da escola. Hoje, com seus 29 anos, cabelos e olhos castanhos e do alto dos seus 1.89m, se formou em Administração de Empresas, realmente não poderia ter escolhido nada que tivesse menos a ver com sua personalidade.
Entre em contato com ele: ricardoo.henrique@gmail.com


segunda-feira, 29 de junho de 2009

A vizinha

Sarah Cláudia é uma mulher sozinha, solteirona de 40 anos, jura nunca ter sido tocada por um homem. Frequenta a igreja aos domingos, carrega na bolsa santinhos de todos os santos.
Se veste muito mal, nunca passa maquiagem, tão pouco perfume. É loira de cabelos compridos , sempre presos por um rabo de cavalo feito com tiras da meia calça.
Tem um olho azul arregalado, capaz de congelar qualquer coisa viva. Muito fofoqueira adora cuidar da vida dos vizinhos, principalmente do casal Ricardo e Heloísa.
Ela mora no prédio em frente ao do casal , um andar acima ao deles. Tendo uma visão privilegiada da rotina do casal.
Nutre uma paixão secreta por Ricardo, mas tenta disfarçá-la.
Ele como rapaz gentil sempre ajuda Sarah, pois ela é vista pela vizinhança como uma 'bruxa', má e fofoqueira.
A observação
Em sua cadeira muito bem posicionada atrás da cortina , Sarah vê a movimentação no apartamento do casal Ricardo e Heloísa.
Assiste Ricardo fazer a janta e tira suas conclusões:
- Olha o tonto do Ricardo fazendo janta pra madame...
ela não tá nem aí pra ele.
Também ele não faz nada o dia todo, fica ali na frente daquele computador...
Deve passar o dia todo vendo filmes de sacanagem...
Ai que homem imprestável...
Mas aqueles braços. ai ai aiii
Já foi pra TV, é do computador pra cozinha, da cozinha pra TV...
Ó lá, chegou a madame, mais cedo... Humm , será que perdeu o emprego? ou não tinha Happy Hour??
Entra toda toda, pensa que trabalha na Berrine , coitada...
Virge.. nem deu bola pro vagabundo, foi pro banho direto.
Isso volta pro computador tonto. ainda compro um desses e você vem me ensinar. Quem sabe você me mostra seus vídeos, aiiiiiiiii , isso vai acabar comigo!
Desliga rápido essa coisa, isso ela tá saindo do banho.
Agora vai lá tonto arruma a mesa, fez a janta , arruma a mesa, garanto que vai lavar a louça também. De consolo você ganha a da madame pra janta...
Sarah Cláudia faz pouco caso:
-Hoje nem tem esfrega esfrega.
Vou dormir!!
Boa noite "Tonto"
E assim Sarah Cláudia fecha a cortina e vai dormir sonhando com Ricardo Henrique.


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